quarta-feira, 5 de julho de 2017

ALMANHAC // 10 coisas para saber sobre o gim

Gastronomix estreia a coluna AlmaNhac, que será publicada todas às quartas. O jornalista e amigo Rosualdo Rodrigues assina o conteúdo. Profissional com de 30 anos de experiência, ele já editou os principais cadernos de Cultura e Gastronomia de importantes veículos de Brasília (Correio Braziliense, Revista Veja e site Metrópoles).

Com texto elegante, Rosualdo contará a nossos leitores algumas das curiosidades sobre o mundo das “comidas e bebidas”, trazendo informações pitorescas e interessantes. Atualmente, ele dirige o blog Boníssimo (boníssimo.blog) com notícias sobre entretenimento, cultura, música e gastronomia também. Acompanhe-o lá e aqui todas às quartas. 
Rosualdo Rodrigues
Colunista de Variedades do Gastronomix

O engenheiro químico José Osvaldo Albano do Amarante, 70 anos, é um apaixonado por bebidas, e expert no assunto. Diretor técnico da Mistral Vinhos Importados, já escreveu para as revistas Gula, Revista do Vinho, Playboy, GoWhere Gastronomia e Gosto, dá palestras e organiza viagens enogastronômicas pelo mundo.

Há 30 anos, ele se dedica a pesquisar sobre o gim. O resultado desses anos de procura está reunido no livro “Os Segredos do Gim” (Mescla Editorial, 192 págs., R$ 89,90). É Amarante quem nos dá as informações sobre a produção e o consumo da bebida listadas aqui.

1) O primeiro registro que se tem sobre a produção do gim é do início do século 17, na Holanda.

2) Mas os britânicos que lutaram na Holanda durante a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), ao voltar para casa, levaram na bagagem a bebida. A novidade foi tão bem recebida que hoje o Reino Unido é considerado a pátria do gim.
3) Em 2014, existiam 202 destilarias registradas no Reino Unido. Dessas, 134 na Escócia, 61 na Inglaterra, seis no País de Gales e uma na Irlanda do Norte. Em 2013, o país exportou 139 milhões de garrafas de gim de 750 ml.

4) Mas as Filipinas é que são o maior mercado de gim do mundo, com consumo de cerca de 50 milhões de caixas de 9 litros — cerca de 40% de todo o mercado mundial de gim. O consumo doméstico é dominado pela produção local (98%)

5) “A destilaria filipina San Miguel é, de longe, a marca mais importante, com produção de 22 milhões de caixas de 9 litros, equivalendo a 62% do mercado”, afirma Amarante. 
6) Os Estados Unidos são o maior importador do gim britânico. Algumas marcas tradicionais do Reino Unido são fabricados nos EUA mesmo. Em 2013, segundo a Gin & Vodka Association (GVA), 10,3 milhões de caixas de 9 litros foram vendidas no país.

7) A Espanha tem o maior mercado consumidor de gim da União Europeia e é o terceiro maior no âmbito mundial. As marcas nativas representam 75% das vendas no país.

8) O Brasil? Nosso país já teve mais marcas de gim do que hoje em dia. Em 1989, tinha pelo menos cinco de bom nível. Em meados de 2016, resta somente uma marca nacional razoável: a Seagers.
9) Por outro lado, hoje é possível encontrar no Brasil maior diversidade de gins importados. No segundo semestre de 2016, na esteira do boom do gim, surgiram os primeiros gins premium de pequenos lotes produzidos no Brasil. Os pioneiros foram Arapuru, Draco e Virga.

10) Os diversos estilos de gim podem ser divididos em sete grandes grupos classificados pela família aromática dos ingredientes utilizados em seus componentes botânicos ou pelo método de produção. O gim pode ser apreciado de diversas formas, dependendo do clima, da ocasião ou da preferência pessoal.

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